Texto: Lc. 6:43-45- Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.44 – Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.45 – O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
INÍCIO: Quando a bíblia fala de homem mal e homem bom, está se referindo a “Aquele que lê a Palavra de Deus e a pratica” e daquele que talvez até Leia a Palavra, mais decide não praticar”. Desde o Velho testamento, o Senhor utiliza a figura do espinheiro, para designar povos estranhos, idólatras, e sem nenhum compromisso com Ele. E na nova aliança vemos também Jesus ministrando sobre isto. O Senhor Jesus utilizou a figura das árvores frutíferas e do espinheiro para referir-se a grupo de pessoas. A bíblia diz em Mt. 13 na parábola do joio e do trigo, que o joio foi semeado no meio do trigo e que no começo é tudo igual, mais na hora da colheita, o joio será queimado e o trigo será guardado, porque é Ele que é o verdadeiro alimento. O espinheiro representa pessoas que podem estar no meio do Povo de Deus, mas que são incapazes de produzir bons frutos, resultados aprovados por Deus.
Não se pode colher figos de um espinheiro. Figo é uma fruta típica de Israel, pensa em algo delicioso e marcante e com base na história do rei Ezequias, podemos relacionar o frigo à cura de enfermidades (Is 38.21). Um emplastro de figos foi aplicado no tumor até então incurável do rei de Judá. O espinheiro não cura, mas fere, machuca, o espinheiro representa o mundo caído, depois do pecado de Adão.
Não se pode colher uvas de um espinheiro. Em Mateus 7.16, Jesus pergunta se alguém pode colher uvas de espinheiro. As uvas são frutos da videira que é símbolo do próprio Jesus e do Corpo de Cristo, a Igreja. Da uva vem o vinho, símbolo de vida e alegria em Deus. O espinheiro não contribui com a vida abundante, nem com a alegria para o rebanho do Senhor, ele somente suga as forças da videira(igreja) e nunca está disposto a contribuir com nada.
A Bíblia conta a história do espinheiro mór. O maior espinheiro da Bíblia foi um “rei” em Israel, que governou o Povo de Deus por três anos inteiros. De tão espinhoso que foi, seu reinado não foi considerado como legítimo. Mas em Juízes 9.22, a Bíblia conta do governo que este filho de Gideão exerceu, de como começou a governar, das tragédias de causou e de seu triste fim. Aliás, tristeza sempre é a tônica da vida de um espinheiro que perambula pelo meio do Povo de Deus.
Um espinheiro não sabe o que é depender de Deus. Abimeleque procurou ajuda de um povo idólatra, que não tinha compromisso com o Seus de Israel. Foi financiado por recursos advindos do templo de Baal-Berite (Jz 9.4). Para um espinheiro os fins justificam os meios. Um autêntico servo de Deus é como Abraão que não aceitou nem uma correia de sandálias do rei de Sodoma. Para ser árvore boa é preciso depender de Deus e entregar toda a sua vida a ele.
Um espinheiro tem afinidade com desocupados e vadios. Em Jz 9.4, a Bíblia relata que Abimeleque aliou-se a um bando de “desocupados e vadios”, tornando-se líder deles. Desocupado é o mesmo que inútil. Vadio significa sem propósito, sem alvo, sem nobreza. Jesus deu atenção a publicanos e pecadores que estavam interessados em ouvi-lo, sendo que muitos deles se converteram. Jesus nunca aliou-se ou liderou desocupados e vadios. Jesus é o grande líder dos que vivem com propósito e com alvos nobres.
CONCLUSÃO: Um espinheiro “mata” seus irmãos, porque a sua natureza é má, e se a sua natureza não for transformada, continuara trazendo a malignidade de dentro e contaminando a todos que estarão ao seu redor. Em Jz 9.5, temos o relato de que Abimeleque matou todos os seus irmãos, menos Jotão. Foi seu irmão sobrevivente quem denunciou o caráter de espinheiro de seu meio irmão, Deus sempre contará com aqueles que não vão se dobrar a Nabucodonozor e as suas regras e leis, sempre haverá um povo frutífero, curado, e cheio de boas obras, que apesar das adversidades, continuarão sendo frutíferos em todas as situações. Eram setenta irmãos! Um pastor é capaz de dar a vida pelos seus irmãos. Jesus entregou a sua vida em nossa redenção. Um servo do Senhor deve querer a edificação de seus irmãos. Mas o espinheiro tem desprezo pelos outros e nunca estenderá a sua mão para levantar o seu irmão. Diante desta realidade espiritual, com quem você se identifica? Você tem sido uma figueira frutífera? Ou por causa de tantos argumentos da tua alma, prefere agir como um espinheiro, que contamina a sua geografia? Amém.