Fazer Discipulos

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TEXTO: MT. 28:18/20- “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito do Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”

Início: Muito antes de pronunciar essa ordem aos Seus discípulos, Jesus, desde o início do Seu ministério (Mt.4.19- E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens), destinou a eles a melhor parte de Sua vida. Foram mais de três anos, orientando, treinando e ensinando-lhes sobre todas as coisas do Reino de Deus. Um tempo precioso e fundamental para que aqueles homens pudessem compreender a extensão e a profundidade daquilo que Jesus, antes de partir, haveria de lhes ordenar. Tudo prá chegar na orientação mais importante do seu ministério aqui na terra.

Então podemos dizer, que junto com a teoria do Reino de Deus, também veio a prática. Tenho por certo que, durante todo esse tempo, uma das instruções mais marcantes que o Mestre deu a eles (e a todos nós) de como se tornar um verdadeiro discípulo está narrada em Lucas 14.27: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.”

A advertência de Jesus é precisa e deixa claro que a decisão de segui-lo terá sempre um custo: o da própria cruz.

Toda vez que lemos ou ouvimos a palavra “cruz”, somos, naturalmente, levados a projetar em nossa mente a imagem de nosso Senhor no Calvário. Imaginamos Seu corpo todo ferido e dilacerado, Seu rosto desfigurado e o sangue escorrendo por todo aquele madeiro maldito, prenunciando uma morte horrível e agonizante, suportada, não somente pelos sofrimentos físicos, mas, essencialmente, pelo peso, sobre Si, de toda nossa iniquidade e pela dolorosa e aflitiva separação do próprio Pai (Is.53.5/6- Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.6 – Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos).

Neste exato momento, existem milhares de missionários pelo mundo todo, como Estevão(apedrejado), Paulo(perseguido, humilhado), Pedro, enfrentando perseguições, violências, escassez de recursos, frio intenso ou calor escaldante, epidemias e os mais variados tipos de doenças. O mais surpreendente, no entanto, é que essas pessoas, assim como todos os legítimos seguidores de Cristo, sabem que toda adversidade e todos esses sofrimentos são apenas parte do preço.

A ordem de Jesus para fazer discípulos só será possível para aqueles que se tornarem, primeiramente, seus verdadeiros imitadores e discípulos fiéis. Essa é a essência e a condição do discipulado, pois, não há como ajudar alguém a seguir Jesus sem antes pagar o preço de ser um imitador de Cristo. E os que vão pagar esse preço são aqueles que, um dia, descobriram algo muito mais encantador do que o próprio espelho. São aqueles que experimentaram um amor tão profundo e tão intenso que nenhuma definição humana é capaz de exprimir. Um amor de Alguém que trouxe uma mensagem genuinamente nova e maravilhosamente transformadora.

São aqueles que, pela Graça, enxergaram a beleza de Cristo, que foram cativados por Ele e, por isso, passaram a imitá-lo e a desejar que outros também o imitem, para que isso aconteça, é necessário coragem em se deixar ser usado pelo Espirito Santo de Deus, aquele que nos convence do pecado, da justiça e do juízo.

CONCLUSÃO: Só os verdadeiros discípulos conseguem compreender que vivem num mundo hostil ao Evangelho e em constante rebelião contra Cristo. O mundo vai de mal a pior, e isto é bíblico, mas não é por causa disso que viveremos uma vida Cristão, sem sermos sal da terra e luz do mundo, temos que a cada dia mostrar o caráter de Cristo em nossas vidas. E é por isso que não desprezam as demandas inerentes a essa oposição. São imitadores de Jesus em tempo integral, pregam o Evangelho em todos os lugares e, portanto, não se intimidam com as perseguições no trabalho, não se abatem com as ironias ou deboches nas redes sociais, com a humilhação nas escolas, com a hostilidade nas ruas ou, até mesmo, com a triste rejeição dentro da própria família, esses são os Pequenos Cristos” que independente das circunstancias estão mostrando o caráter de Cristo em sua geografia.

Tem em seu coração o desejo sincero de cumprir com o chamado de Jesus “Ide e fazei discípulos...)Não há dúvida de que em algum momento dessa árdua, mas sublime missão de ser e fazer discípulos, haverá quedas, fracassos, deslizes e, até mesmo, desânimo. Talvez alguns caminhos errados serão tomados, mas a sinceridade e a humildade pelo reconhecimento dos erros, farão parte de nossas vidas e sempre estaremos com o desejo de voltar a “Essencia” e tentarmos novamente, até que o caráter de Cristo seja forjado na vida do discípulo e o Espírito Santo estará competando a sua obra na vida de muitos e estaremos sendo usados com poder, unção e autoridade. Mas, a despeito disso, que pela Graça e Misericórdia do nosso Senhor, pelo Seu poder e autoridade, possa sempre haver entre nós um número cada vez maior de verdadeiros seguidores e adoradores de Jesus, que poderão dizer a outras pessoas e em todos os lugares o que Paulo disse aos seus: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). Amém.