A cultura do Reino de Deus

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Texto: Mateus 20:1-16

INÍCIO: Muitas vezes não sei vocês, mas eu me pego querendo propor para Deus que os valores naturais, também sejam o meio de medir a cultura do Reino dos céus, e é aí que dá B.O, que a coisa não funciona, como dizia o nosso irmão Marcos, a marmita azeda e estacionamos em nossa caminhada cristã.

E vem os jargões gospel: Deus tá vendo, Deus tarda mais não falha, Deus escreve certo por linhas tortas, Deus vai pesar a mão, etc. Na matemática de Deus, muitas coisas não podemos explicar, pois quase sempre, dois mais dois não é quatro, mais pode ser o que Deus quer que seja e pronto, ou e ponto. Então eu posso dizer que a matemática de Deus, não é uma ciência exata.

A parábola dos trabalhadores na vinha nos desafia a repensar nossa compreensão sobre a justiça de Deus e de como é regido a cultura do seu reino, e que é bem diferente a nossa cultura ou a cultura mundana, regida por valores naturais e que não tem nada da cultura divina.

1. O Chamado para a Vinha: A bíblia diz em (Mt.22:14- Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos). O proprietário da vinha dessa parábola, representa Deus, que chama a todos indistintamente a terem uma experiencia de conversão, através da salvação que é oferecida através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário,  depois disso, para trabalharem em Seu Reino, independentemente do momento em que são chamados, ou da situação em que se encontram. Nesta parábola o dono da vinha, o proprietário, sai a angariar trabalhadores para a sua lavoura e as 6 hrs da manhã ele contrata um grupo, as 9 hrs outro,  e as 12 hrs(Sexta) e outro as 15:00 hrs(nona), mais tendo ainda muito trabalho na vinha, ele recruta os trabalhadores da Hora undécima(5:00 hrs da tarde), ou seja, quase ao fim do dia, na penúltima hora, antes do dia acabar, teoricamente não se teria muito serviço a fazer, mas o dono da vinha tinha uma expectativa para que esses trabalhadores fizessem um bom trabalho(I Co.15:58- Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor). Um dia Jesus olhando, depois de ter um encontro com a mulher samaritana, qdo os discípulos retornaram com comida e pedindo a Ele que comesse, ele disse que a sua comida era fazer a vontade do seu Pai. E ainda advertiu a eles que não olhassem pelo natural, mas pelo espiritual(Jo.4:35- Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa).  

2. A bondade do Proprietário: Acaba o dia de trabalho, as 6:00 hrs da tarde e começa o acerto com os trabalhadores pelo dia em que trabalharam. A maneira como o proprietário paga a todos igualmente, independente do montante trabalhado nos mostra a abundância da graça de Deus, que é oferecida a todos, independentemente do tempo do teu serviço(Sl. 23:1-6- O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.2 – Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.3 – Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.4 – Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.5 – Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.6 – Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias).

3. A Reação dos Trabalhadores: Precisamos entender que no Reino de Deus não há o principal ou coadjuvante, mas há sim a motivação do coração. Jesus é o motivo de todas as coisas e da nossa alegria. Aqui há uma avaliação errada dos trabalhadores que começaram de madrugada (6:00 hrs), porque como eles supostamente trabalharam mais, e como o proprietário da vinha estava pagando o valor que eles receberiam, acharam que iriam receber bem mais, e assim aconteceu com cada um deles, sendo que o acordado estava sendo cumprido. Aqueles que trabalharam mais tempo ficaram indignados, refletindo nosso próprio senso de justiça e comparação com os outros.

4. Misericórdia e Bondade: Deus nos chama a confiar em Sua misericórdia e bondade,  lembrando que Ele age de acordo com Seus propósitos e não com nossos critérios humanos, ou com as nossas interpretações e julgamentos errados(Mt.7:1-2- NÃO julgueis, para que não sejais julgados.2 – Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós). Os trabalhadores julgaram o dono da vinha(Deus) pelo que achavam certo e justo(Is.64:6 – Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam). Então meus amados, por mais que tenhamos boas motivações, se não for pela Misericórdia e Bondade do Senhor, estamos fritos e destinados a perdição.

Conclusão: Mas a Palavra de Deus nos diz que não se trata do nosso merecimento ou por aquilo que fizemos ou estamos fazendo, é pela Graça que nós somos salvos, mas não é de Graça, custou o sangue do filho de Deus encarnado, que nos amou e se entregou por nós. Somos chamados a viver em gratidão pela graça de Deus, celebrando seu Amor e Bondade, que foi derramado sobre as nossas vidas. Amém.